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Crimes digitais: como se preparar profissionalmente para essa realidade?

Como vivemos em uma sociedade cada vez mais integrada ao mundo virtual, os crimes digitais se tornaram um assunto de grande relevância. Afinal, como prevenir e combater esse tipo de infração?

Esse desafio está ainda mais presente no setor público, em que os dados a serem protegidos referem-se à privacidade de pessoas, preservação da segurança e fé pública de informações. O que fazer para evitar que os arquivos de uma repartição sejam roubados ou adulterados?

As respostas a essas questões dependem da preparação profissional. Não ao acaso, a qualificação para lidar com os delitos informáticos será o assunto deste post. Não deixe de conferir!

O que são crimes digitais?

O conceito de crime digital é bastante abrangente: ele tanto se refere aos delitos antigos praticados com os meios de informática como às novas infrações exclusivas desse meio.

Um exemplo do primeiro caso é o estelionato, em que o infrator obtém para si uma vantagem indevida ao ludibriar a vítima, como os e-mails que solicitam dados bancários e a abertura de páginas de internet falsas para pagamentos com cartão de crédito.

Já o segundo caso pode ser ilustrado com os dispositivos da lei 12.237/2012, introduzidos no Código Penal. Entre eles, estão a invasão de dispositivo informático e a interrupção ou perturbação de serviço dessa mesma natureza.

Como funciona a legislação sobre crimes digitais?

Os crimes digitais são caracterizados pela dificuldade de se identificar um território específico de sua consumação. Por exemplo, um civil europeu pode invadir um computador na América do Sul, armazenando os dados roubados em um servidor asiático.

Sendo assim, a punição exigirá uma ampla aplicação da teoria da Ubiquidade, prevista no art. 6º do Código Penal. Isto é, o delito é abordado da seguinte forma:

“Art. 6º. Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado”.

Igualmente, em muitos casos, haverá a necessidade de tratado, convenção ou acordo internacional para investigar e processar o agente, como já ocorre com a Convenção sobre o Cibercrime. No entanto, mesmo, nesses casos, os poderes de uma nação podem esbarrar nas proibições de extradição de outra.

Por fim, outra característica importante é a dificuldade de produzir provas da autoria. Muitas vezes, os delitos são praticados com métodos de informática que ocultam e, praticamente, inviabilizam a identificação do criminoso.

Por que essa área de atuação está em alta?

Ao disponibilizar novos recursos para satisfazer as demandas existentes, a transformação digital modificou as relações sociais de modo profundo, impactando hábitos, valores e costumes. Hoje em dia, boa parte da vida dos cidadãos está inserida nos meios informáticos.

Não por acaso, há um grande interesse em burlar os mecanismos de defesa e obter vantagens indevidas, como acesso a dados pessoais, subtração de dinheiro, uso de métodos desleais de concorrência etc.

Ocorre que esse risco produz também a necessidade de métodos de prevenção e repressão mais adequados, bem como de profissionais capacitados para lidar com a segurança da informação. O que, ao menos nesse último item, ainda é um recurso bastante escasso.

Sendo assim, as pessoas verdadeiramente capacitadas na área acabam naturalmente reconhecidas e bem remuneradas — fato que explica em grande parte a alta dessa área de atuação.

Quais são os desafios dos profissionais?

A preparação para um tratamento mais adequado dos crimes digitais esbarra em algumas dificuldades, principalmente relacionadas ao fato de ser um campo recente. São exemplos:

  • ausência ou escassez de matérias específicas nas faculdades;
  • necessidade de noções de informática e de tecnologia da informação;
  • legislação nacional criada em um mundo analógico (Código Penal de 1940 e Código de Processo Penal de 1941);
  • decisões judiciais ainda pouco consolidadas;
  • métodos defasados em muitas empresas e repartições públicas;
  • demanda por atualização constante diante da criação de novas infrações.

Sendo assim, o profissional deve buscar uma qualificação que permita não só conhecer os crimes digitais, mas que crie bases para que ele possa saber sobre os novos temas, por conta própria, no futuro. Afinal, o ponto de chegada da transformação digital ainda é desconhecido.

Como se preparar para atuar na área de crimes digitais?

Atualmente, a Pós-Graduação em Prevenção e Investigação de Crimes Digitais é a preparação mais adequada para o profissional de nível superior. Entre as vantagens dessa escolha, é possível apontar o seguinte:

Conteúdo denso

As especializações lato sensu têm duração mínima de 360 horas. Logo, há tempo suficiente para abordar os detalhes do conteúdo multidisciplinar que envolve a preparação para o trabalho contra o crime digital. Lembre-se de que os cursos profissionalizantes ou de extensão são mais corridos e duram cerca de 40 horas.

Foco profissional

No Brasil, a formação posterior à graduação pode avançar no sentido mais acadêmico (doutorado e mestrado) ou profissional (pós-graduação lato sensu). Com efeito, o conteúdo dos primeiros cursos está mais voltado para pesquisa, enquanto o segundo oferece o preparo substancial para o trabalho em uma determinada área.

Flexibilidade

Os meios de informática também trouxeram a possibilidade de estudo a distância, em que o aluno aprende de sua residência e monta os próprios horários. Logo, para quem já está empregado, trata-se de uma forma mais flexível de conciliar trabalho e estudo.

Custo

A Pós-Graduação, em parte, é um recurso compartilhado: diversos alunos assistem à mesma aula. Logo, quanto mais eficiente for essa distribuição, maior será a chance de a Instituição de Ensino conseguir baixar os preços, sem reduzir a qualidade do ensino.

Assim, o modelo de Educação a Distância (EAD) se torna uma opção de baixo custo. Enquanto uma sala de aula comporta 20, talvez 30 alunos, não existem fronteiras para o compartilhamento dos serviços pela internet.

Reconhecimento

Os cursos de Pós-Graduação fornecem um título para o profissional. Esse será importante em todas as situações em que o currículo for uma ferramenta determinante, como vagas de emprego, promoções no funcionalismo público, provas de concurso, anúncios de advogado etc.

Sendo assim, ao buscar uma capacitação para atuar no combate e prevenção de crimes digitais, pense seriamente na realização da Pós-Graduação. Afinal, ela se revela o meio mais adequado para uma formação completa.

Para dar o primeiro passo, entre em contato com a equipe da Faculdade Unyleya e ingresse em um curso de qualidade!

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