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Guia de Carreiras

Estágio ou emprego? Descubra qual é a melhor opção para você

Se você já está próximo dos 30, trabalha full-time, tem responsabilidade de sustento familiar e ingressou/pretende ingressar em um curso de graduação, provavelmente vai se deparar com um dilema comum dos jovens nesse perfil: estágio ou emprego? Devo largar meu emprego fixo e encarar um estágio? Quais são os prós e contras de cada uma dessas opções?

Caso você também esteja com essa dúvida, vamos te ajudar a resolver esse impasse, listando 6 variáveis que devem ser consideradas na hora de tomar sua decisão! Confira!

Objetivos de cada uma das experiências

Estágio ou Emprego? Embora pareçam semelhantes à primeira vista, tratam-se de relações estudante/empresa completamente diferentes. O objetivo do estágio de nível superior é aprofundar seu conhecimento sobre sua área de atuação e levar para a prática tudo o que você aprendeu na teoria em sala de aula. O foco aqui está no estudante, por isso, os pagamentos são feitos por meio de bolsa-auxílio e não de salário (como em um emprego regido pela Consolidação das Leis do Trabalho — CLT).

Por outro lado, em um emprego fixo, o objetivo é a realização das tarefas predeterminadas ao profissional. Ou seja, nessa relação laboral, o foco sai do estudante e vai para a empresa. Aqui, a grande vantagem é o salário (que, via de regra, é bem superior ao valor das bolsas de estágio oferecidas pelo mercado). Entretanto, as cobranças também serão bem maiores. Assim:

  • emprego: salário maior, cobrança maior e (caso você trabalhe fora da área de estudo), menor aprendizado.
  • estágio: remuneração menor, cobrança menor e mais aprendizado.

E então? Do que você mais necessita atualmente?

Carga horária a ser cumprida

Outra questão a ser analisada é a carga horária. A Lei de Estágio (Lei Federal nº 11.788/2008) restringe o programa de estágio a, no máximo, 6 horas diárias/30 semanais. Ou seja, se você estagiar, vai cumprir jornada de 4 ou 6 horas, o que significa que terá muito mais tempo livre para se dedicar à sua graduação.

Já em um emprego fixo, a sua vida acadêmica (infelizmente) costuma não interessar muito aos gestores. Em geral, quem é regido pela CLT tem jornada de trabalho diária de 8 horas. E em muitos casos, há inclusive trabalho nos finais de semana. Isso, por si só, já impactará seu desempenho acadêmico. Esse detalhe não deve fugir de sua avaliação.

A respeito desse assunto, destaca-se que não são raros os testemunhos de estudantes com dificuldade de frequentar seus cursos de graduação, devido a requisições frequentes para realização de horas extras.

O que importa mais a você nesse momento? Dedicação extrema à graduação (com diminuição drástica de remuneração) ou salário maior (ainda que isso reduza seu desempenho acadêmico)? Essas respostas vão te ajudar a dissipar o dilema entre estágio ou emprego!

Oportunidade de aprendizado

Para comparar as oportunidades de aprendizado, é preciso saber em qual área você trabalha atualmente. Supondo que você seja auxiliar de escritório e faça um curso de graduação em Pedagogia, seu atual emprego CLT não acrescentará nada em termos de conhecimento. E se você considera seriamente a possibilidade de construir uma carreira no ensino, talvez seja interessante elaborar um plano de curto/médio prazo que lhe permita migrar para um estágio na área.

Por outro lado, utilizando o mesmo exemplo, se você atua como auxiliar de escritório em uma empresa que lhe ofereça oportunidade de promoção na carreira e você está matriculada em um curso de graduação em Administração, aí a situação muda completamente.

Permanecer em seu atual posto, além de agregar algumas competências relevantes à profissão (como disciplina, gerenciamento de processos e auto-organização), pode ser o atalho que você precisa para ocupar futuramente outros cargos, mais alinhados ao seu curso atual.

A esta altura, já decidiu entre estágio ou emprego?

Oportunidade de crescimento

Tópico intimamente ligado ao anterior, mas aqui não é o aprendizado que está em questão, mas, simplesmente, qual a possibilidade de você crescer dentro de sua empresa atual. Se você trabalha, por exemplo, em uma micro/pequena empresa, ainda que as atividades desempenhadas sejam afinadas com seu curso de graduação, dificilmente terá oportunidades de crescimento e, ao se formar, terá de buscar voos mais ousados. Em um caso como esse, não seria melhor procurar estágio em outra organização, que lhe ofereça crescimento na carreira?

Não são poucos os casos de estagiários que se tornaram CEOs: Rodrigo Kede, presidente da IBM América Latina, Úrsula Burns, presidente da Xerox e Aldemir Bendine, ex-presidente do Banco do Brasil são apenas alguns exemplos de pessoas que entraram como estagiários e chegaram ao topo da carreira.

Diferenças remuneratórias

Citamos essa questão resumidamente em tópicos anteriores. Estágio ou emprego? Vale a pena largar um trabalho CLT (e abdicar de um salário que lhe garante o sustento) para assumir uma vaga em um estágio cujo objetivo é apenas o aprendizado? Não seria trocar o certo pelo duvidoso? Não necessariamente.

Se você ainda não possui uma profissão de nível superior, não há como chamar sua atribuição atual de “certo”. Até porque, em caso de demissão, pode ser que (por questões de qualificação) você tenha que buscar vagas em outros cargos.

Seria o caso de uma secretária que, demitida de sua última empresa, não consegue mais recolocação porque muitas organizações já começam a exigir nível superior para o mesmo cargo (ou dão preferência a quem está cursando). Assim, é preciso ponderar que, ainda que o salário do profissional seja alto na atualidade, sem uma formação acadêmica sólida, a vulnerabilidade sempre existirá.

O estágio, ainda que traga baixa remuneração temporariamente, é a possibilidade de consolidar os conhecimentos do estudante, preparando-o para o mercado no futuro. E talvez engatar uma carreira mais promissora e que traga rendimentos mais elevados no médio/longo prazo.

Falar sobre salários, ao pensar em escolher entre estágio ou emprego, exige pensar de forma macro e não apenas no momento atual.

Plano de carreira

Mais um detalhe importante: muitas empresas preferem estudantes que já possuem experiências de estágio, visto que esse know-how torna-os mais adaptados aos desafios empresariais específicos da carreira.

Veja que até agora estávamos falando das vantagens do estágio para quem queria utilizá-lo para subir de cargo na empresa. Agora, o assunto é outro: a importância do estágio também está no seu potencial futuro de recolocação no mercado (em qualquer organização).

Imaginemos que uma empresa de gestão tributária esteja avaliando dois candidatos nas fases mais agudas de um processo seletivo para a área contábil. No decorrer da etapa de entrevistas com o gestor, descobre-se que um dos postulantes ao cargo de Contador Júnior já foi estagiário em uma consultoria de grande porte especializada em planejamento tributário. Pode ter certeza que esse candidato sai na frente na corrida pela vaga.

Dessa forma, o estágio costuma ser uma opção interessante para quem está pensando no longo prazo, imerso na ideia de construir um plano de carreira sólido e com múltiplas opções de inserção profissional.

Bom, a partir dessas ponderações, vai ficar mais fácil para você decidir entre estágio ou emprego! A propósito, já curtiu nossa página no Facebook? Se a resposta é negativa, corra agora mesmo e não perca a oportunidade de receber periodicamente em sua timeline conteúdos exclusivos sobre mercado de trabalho, além de novidades sobre graduação e pós-graduação a distância!

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