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Ética na Contabilidade: por que é importante para a formação dos profissionais?

Adotar uma conduta ética na Contabilidade é um dos principais atributos dos grandes profissionais, pois, como a área é responsável por registrar as atividades sobre direitos, obrigações e patrimônio das empresas, quase sempre existe a chance de seguir um caminho incorreto.

No dia a dia, o contador é exposto a possibilidades de fraudar documentos, criar mecanismos para burlar orçamentos, fornecer informações sigilosas para terceiros, emitir pareceres irreais etc. Essas ações, embora tenham um benefício imediato, no decorrer do tempo conduzem à degradação da credibilidade e da imagem do perito.

Continue lendo este artigo para entender o que é ética na Contabilidade, quais são os seus princípios e por que você deve abraçar esse modelo de conduta.

O que é ética na Contabilidade?

A ética na Contabilidade diz respeito aos elementos que orientam a conduta dos profissionais e instituições da área, com o objetivo de atender às expectativas de comportamento correto. Isso passa não só pelo respeito às normas legais, mas, principalmente, pela adoção de um conteúdo moral mínimo, como boa-fé, lealdade, honestidade e transparência.

A principal regulamentação sobre o tema é o Código de Ética Profissional do Contador (CEPC). O documento traz os compromissos fundamentais de quem atua na profissão, bem como os instrumentos jurídicos para punir as faltas cometidas.

Por isso, é recomendável que os interessados leiam a resolução editada pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Igualmente, essa deve ser uma de suas principais preocupações durante a formação, porque, como se verá a seguir, a ética consolida benefícios de longo prazo.

Quais são os princípios da ética na Contabilidade?

Um dos papeis da ética na Contabilidade é orientar a conduta dos profissionais, a longo prazo, de modo satisfatório para todas as partes interessadas. Para isso, são fixados princípios e regras de comportamentos, que servem de modelo para as atividades.

Dever de sigilo

O contador é obrigado a guardar sigilo das informações obtidas pelo exercício da profissão, desde que a atividade seja lícita. Trata-se de uma responsabilidade protegida pelo Código de Processo Civil:

Art. 388.  A parte não é obrigada a depor sobre fatos:

(…) II – a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo; 

Por isso, é possível construir as bases de uma relação de confiança com os contratantes, a ponto de eles disponibilizarem dados essenciais sobre suas finanças pessoais ou empresariais.

Dever de honestidade

O trabalho não pode ser desempenhado com o intuito de obter vantagens indevidas, como facilitar o cometimento de fraudes, omitir informações que deveriam constar dos documentos, burlar procedimentos legais etc.

Além disso, a atividade precisa se orientar pela verdade. O contador deve transmitir mesmo as notícias mais desagradáveis sobre a situação patrimonial do cliente, bem como zelar para que essas reflitam a realidade.

Dever de transparência

O dever de honestidade conduz à necessidade de transparência na relação entre contador e cliente. Com efeito, o profissional tem de prestar contas sobre suas atividades ao contratante e esclarecer os documentos elaborados.

Nesse sentido, vale ressaltar duas proibições previstas no art.3º do CEPC:

XI – recusar-se a prestar contas de quantias que lhe forem, comprovadamente, confiadas;

XII – reter abusivamente livros, papéis ou documentos, comprovadamente confiados à sua guarda; 

Dever de independência e dignidade profissional

Por ter o conhecimento técnico, os pareceres e as atividades do contador devem prezar pela independência, ou seja, o profissional não pode abrir mão de sua convicção por influência de interesses de clientes e empregadores.

No entanto, isso não significa um fechamento para o debate, mas um dever de se proteger contra motivações equivocadas. Por exemplo, mesmo que o balanço patrimonial favorável possa trazer benefícios para a empresa, o contador jamais poderá retratar algo incompatível com a realidade a fim de favorecer o cliente.

Dever de lealdade profissional

Embora exista livre concorrência, os contadores devem atuar dentro dos limites da lealdade ao buscar um cliente. Não por acaso, o CEPC proíbe a veiculação de anúncios que diminuem os colegas, o uso de agenciadores com participação nos honorários, a assinatura de documentos elaborados por terceiro sem a sua a orientação, supervisão e fiscalização.

Dever de zelo e diligência

O profissional é contratado para desempenhar um serviço especializado para o contratante, que, muitas vezes, conta com os documentos produzidos para atender às exigências legais e comerciais.

Com efeito, é dever do profissional desempenhar o máximo de esforço para atender ao interesse do cliente e evitar erros, sem nunca desrespeitar os demais princípios da ética na Contabilidade.

Quais são os benefícios de uma conduta ética?

A ética na Contabilidade traz benefícios de longo prazo: embora o desvio possa representar uma vantagem imediata, ao longo da maratona, o comportamento correto será preponderante. Veja 4 exemplos:

Construir uma imagem positiva

A visão que os terceiros têm do profissional é um fator determinante para a aquisição de boas colocações no mercado, quer seja como contratado de uma empresa, quer seja como autônomo.

Logo, a imagem positiva e uma carreira sólida, construídas a partir de um comportamento ético, são fundamentais para despertar o interesse de pessoas que valorizam esses atributos e estão dispostas a pagar por eles.

Aumentar a confiança do cliente

A confiança entre cliente e contador é um aspecto fundamental, porque o profissional da área lida com dinheiro, bens, direitos e obrigações. Não à toa, a ética exerce um papel relevante na construção dos pilares dessa relação porque as pessoas tomam o histórico como indício de comportamento futuro. Por exemplo, quem nunca cometeu uma falta desperta mais confiança do que quem vive metido em problemas.

Manter a saúde em dia

As condutas irregulares, ainda que cobertas, geram uma série de consequências imprevistas. Essas submetem o profissional a níveis de pressão e estresse superiores ao que decorre naturalmente do trabalho, o que pode se traduzir em problemas de saúde.

Evitar punições

As condutas irregulares não são apenas indesejadas pela legislação, mas punidas com severidade, a fim de inibir práticas futuras. De fato, as consequências podem abranger da perda do registro à prisão do profissional, como ocorre nos casos de falsidade ideológica de documentos.

Por isso, ao adotar uma postura ética na Contabilidade, além de consolidar vantagens estratégicas para ter uma ótima carreira e faturamento, você evitará os efeitos negativos de faltar com a lei ou com a moral. Então, o segredo é buscar uma formação que contemple esse comportamento.

Agora que você já entende a importância da ética na vida profissional, compartilhe este texto nas suas redes sociais e faça o conteúdo alcançar outros estudantes!

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