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O que é ensino híbrido? Descubra essa tendência na educação

Se as tecnologias hoje tomam conta da nossa rotina, e a cada dia fica mais difícil de imaginar como as pessoas estudavam, trabalhavam ou simplesmente se comunicavam antes da internet, não é de se espantar que elas também tenham se transformado em tendências na educação formal.

O ensino híbrido é mais uma das propostas que estão surgindo com frequência por causa do rápido avanço das tecnologias digitais que temos presenciado. Tal cenário mostra que, para ser professor hoje em dia, é preciso estar antenado às novidades e disposto a inovar.

No post de hoje, vamos explicar tudo o que você precisa saber sobre ensino híbrido e dar um exemplo de como aplicá-lo na escola. Confira!

O que é ensino híbrido?

Ensino híbrido — também conhecido como aprendizagem híbrida ou blended learning — consiste na mistura de dois modos de ensinar/aprender na educação formal: o modo offline e o modo online.

O modo offline é aquele com o qual já estamos acostumados e que ocupa a maior parte do tempo, senão todo, da maioria das escolas. É baseado em aulas expositivas, com pouca participação espontânea dos alunos e se utiliza principalmente de papel e textos verbais escritos.

O modo online é a grande novidade. Ele convida para a sala de aula todas as práticas de letramento que os alunos estão acostumados a encontrar fora da escola: a utilização de smartphones conectados à internet, de redes sociais, de pesquisa na web etc.

Como isso pode transformar o ensino?

Ao misturar os dois modos, eles se complementam. O modo online deixa de ser apenas um momento de entretenimento para se tornar uma oportunidade de aprendizado com objetivos bem definidos e foco na atividade.

O offline, por sua vez, se torna mais horizontal e participativo, se apropriando da capacidade dos espaços virtuais de quebrarem com as hierarquias e permitirem uma maior colaboração entre os usuários.

Isso confere ao aluno um maior controle sobre o aprendizado, já que o modo online permite que ele possa escolher onde e quando estudar, o tempo que ele quer passar estudando e a velocidade na qual ele pretende ver o conteúdo.

A tecnologia também pode facilitar o lado do professor, possibilitando que ele monte avaliações personalizadas e receba feedback imediato do desempenho dos alunos e descubra se o seu planejamento está funcionando bem ou não antes que seja tarde demais.

Que tipos de atividade o ensino híbrido contempla?

Dentro dos valores do ensino híbrido é possível pensar em uma série de atividades diferentes, dentre as quais destacaremos quatro:

  • o laboratório rotacional;
  • a rotação por estações;
  • a rotação individual;
  • a sala de aula invertida.

O laboratório rotacional

Esse tipo de atividade consiste em dividir a sala na metade para proporcionar dois espaços diferentes de interação dos alunos com o conteúdo do dia. Na metade da aula, os grupos trocam de lugar para realizar as atividades que o outro grupo realizou anteriormente.

Como se trata de ensino híbrido, um dos espaços deve fazer uso de tecnologias digitais e internet, e o outro não.

A rotação por estações

A grande diferença entre esse modelo e o anterior é o número superior de estações e de grupos. Nesse caso, os alunos — divididos em grupos menores — passariam por diversas estações, em vez de apenas duas, trocando de lugar com os colegas em intervalos de tempo iguais.

A rotação individual

Nesse caso, o número de rotações deve sair ainda maior, e os alunos deverão passar por elas seguindo um roteiro próprio, elaborado pelo professor de acordo com as necessidades de cada um.

Não é necessário que os alunos passem por todas as estações, mas eles devem realizar as atividades de que mais precisam ou que podem aproveitar melhor para aprender mais.

Nos três tipos de atividade de rotação, é muito importante que as estações/laboratórios sejam, até certo ponto, independentes entre si. Ainda que haja alguma relação ou semelhança entre elas — como tratar do mesmo assunto, por exemplo —, elas devem ter objetivos de aprendizado próprios que não dependam uns dos outros.

Desse modo, não importa por qual estação o aluno comece, ele terá a mesma chance de aprender com a atividade.

A sala de aula invertida

O grande propósito desse modelo de ensino é inverter o papel do aluno de receptor passivo do conhecimento para criador ativo daquilo que ele pretende aprender. Nesse caso, em vez de oferecer aulas expositivas aos alunos, eles seriam orientados a buscar sozinhos o conteúdo em casa para, ao chegar na sala de aula, poderem discutir sobre o que aprenderam.

Após esse dois momentos, os alunos serão convidados a aprofundar a discussão num lugar exterior à escola que se relacione com os conteúdos estudados.

Como é o ensino híbrido na prática?

Um exemplo de atividade utilizando o método da sala de aula invertida no ensino híbrido poderia se dar da seguinte forma:

  1. Antes da aula, os alunos seriam divididos em grupos e orientados a realizar leituras sobre taxonomia animal. Cada grupo seria incumbido de ler e assistir uma lista de textos e vídeos sobre uma das classes de animais vertebrados — peixes, anfíbios, aves, mamíferos etc.
  2. Chegando na sala, os grupos seriam embaralhados para formar novos grupos, que teriam como objetivo descobrir quais são as principais semelhanças entre pares das classes de animais vertebrados estudados. Para tanto, os alunos deveriam discutir sobre as leituras que fizeram em casa e preencher uma tabela de semelhanças e diferenças.
  3. Por fim, os alunos seriam levados ao zoológico da cidade e teriam como tarefa fotografar os animais que encontrassem com o objetivo de ilustrar as semelhanças que foram relatadas na atividade anterior. As semelhanças que não pudessem ser fotografadas — como aquelas a nível celular, que precisariam do auxílio de um microscópio para serem verificadas — poderiam ser desenhadas.

Perceba que a atividade se utiliza de uma variedade de espaços — a casa, a sala de aula e o zoológico — e tecnologias — computador, internet, celular etc —, além de articular em si a possibilidade de os alunos conferirem com os próprios olhos o que leram ou viram nos textos e vídeos.

Tudo isso impacta na fixação do conteúdo e no desenvolvimento da autonomia intelectual dos alunos, ou seja, a capacidade de buscar o conhecimento de que precisam para cumprir seus objetivos escolares, pessoais ou profissionais.

Ao pensar em exemplos como esse, não é difícil de acreditar que uma escola bem equipada e com profissionais preparados e interessados seja capaz de transformar a experiência que os alunos têm com o conhecimento.

É nesse sentido que o ensino híbrido se vale da tecnologia, para virar a sala de aula de cabeça para baixo e evidenciar o potencial da educação de fazer a diferença na vida dos estudantes.

Esperamos que o post de hoje tenha esclarecido as suas dúvidas sobre o ensino híbrido. Se você gostou do conteúdo e se interessa pelo tema, então nos siga nas redes sociais — Facebook, Instagram, Twitter, LinkedIn, Google + — para não ficar de fora das novidades do blog!

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