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10 boas práticas de relacionamento de servidores do judiciário com a imprensa

Quem trabalha em escritórios de sucesso ou mesmo tem pretensões de passar em um concurso público deve estar preparado para este tema: o relacionamento de servidores do Judiciário com a imprensa! Afinal, um caso em que você atue no escritório pode ganhar grande repercussão inesperadamente. Quando for assumir um cargo concursado, pode ser que tenha de lidar com os jornalistas também.

Dessa forma, é preciso estar por dentro de algumas regras de convívio que envolvem o trabalho da mídia e o de funcionários da Justiça. Assim, será possível estabelecer laços amistosos com os profissionais de comunicação, que poderão ser úteis para sua carreira e para o interesse público.

Quer saber mais? Então veja neste post dicas e erros que devem ser evitados para uma boa relação com repórteres de jornais impressos, de rádios, de TVs e de Internet. Confira!

1. Esteja ciente de que a entrevista pode não ser usada na íntegra

Muitos profissionais de Direito ficam frustrados ao darem longas entrevistas que não são totalmente publicadas ou veiculadas. Esteja preparado para isso! A edição é um processo inerente ao jornalismo, e nenhum veículo costuma usar todo o material produzido.

Isso pode acontecer por falta de espaço no jornal ou mesmo de tempo em uma reportagem produzida para a televisão. A edição é um processo que seleciona os melhores momentos e é adotada em todos os tipos de mídia. No caso da TV e do rádio, é comum que um servidor conceda mais de uma hora de entrevista e que esse material acabe sendo reduzido para poucos minutos ou segundos.

Mesmo em um veículo impresso, várias horas podem se transformar em uma ou outra citação. Esse procedimento faz parte da rotina dos comunicadores. É de suma relevância estar ciente disso para não ficar aborrecido com o resultado de uma matéria jornalística.

2. Tenha cuidado para não se decepcionar quando a matéria não sair

A seleção de notícias é feita com base nos chamados “critérios de noticiabilidade”. Se você deu uma entrevista e bem naquela semana houve uma greve nacional de caminhoneiros, como já aconteceu neste ano, pode ser que os repórteres sejam todos remanejados para cobrir esse novo fato. O resultado, nessa situação, pode ser a suspensão da sua matéria.

Geralmente, quando uma reportagem é cancelada, a culpa não é do entrevistado, e sim de fatores externos, como um fato inesperado e relevante, com muitas vítimas ou algo que tenha um apelo popular mais forte. Não leve para o lado pessoal.

3. Verifique se o fato que você quer divulgar é de interesse público

Há alguns eventos que podem parecer muito atrativos para os servidores do Judiciário, como palestras, seminários, lançamentos de livros, entre outros, mas que não são úteis para a imprensa. Como já dissemos, existe um conjunto de quesitos para considerar um fato como “noticiável”. Ineditismo e proximidade com o público-alvo dos veículos são alguns deles.

Uma boa maneira de saber se um evento é ou não passível de ser noticiado é examinar se ele tem interesse público. Em caso de a resposta ser positiva, a chance de conseguir espaço na mídia será maior.

4. Seja claro em suas respostas

Independentemente do tipo de veículo, salvo algumas exceções, os jornalistas falam com cidadãos leigos em Direito. Por esse motivo, lembre-se de não usar expressões extremamente técnicas. O chamado juridiquês pode prejudicar a compreensão da audiência sobre o assunto retratado.

Desse modo, não se esqueça de que o público — e até os próprios jornalistas — podem não estar tão familiarizados com assuntos que para você são corriqueiros, como Direito Penal ou Direito Processual Civil.

5. Previna-se sobre repercussões negativas

Há uma máxima no jornalismo que diz o seguinte: quando um cão morde um homem, não há notícia. Já quando um homem morde um cão, aí sim existe um fato noticioso. Por quê? Porque um dos princípios do jornalismo é justamente apontar o que está errado na sociedade.

Nesse sentido, é muito comum que haja certo tom crítico nas coberturas jornalísticas. Por isso, nunca leve uma desaprovação ou um comentário desagradável para o lado pessoal. Isso é indispensável para manter um bom relacionamento com jornalistas.

6. Aja com paciência diante de erros

Ao identificar um equívoco na mídia cometido por algum jornalista a quem você tenha dado uma entrevista, aja com bastante cuidado. O ideal é procurar ajuda da Assessoria de Imprensa do órgão do Judiciário no qual você está lotado.

No caso de entrar em contato direto com o profissional de comunicação que cometeu essa falha, por mais difícil que seja, não se comporte com agressividade. O melhor é elaborar uma nota e fazer um esclarecimento por escrito para evitar novos erros. O diálogo é sempre a melhor resposta para um bom relacionamento de servidores do Judiciário com a imprensa.

7. Diga sempre a verdade

Jamais minta durante uma entrevista. Se for descoberto, além da sua reputação, você poderá manchar a credibilidade da instituição na qual trabalha. Quando não for possível dizer toda a verdade, por causa de um sigilo, por exemplo, explique os motivos que o impedem de comentar o assunto.

8. Dê valor ao relacionamento com a mídia

Não relegue a importância do atendimento aos jornalistas para o trabalho do Judiciário. Muitos profissionais do Direito, de maneira equivocada, julgam que conceder entrevistas é perda de tempo, algo secundário.

Não se iluda: ser solícito com a imprensa pode amenizar a publicação de notícias indesejadas e até mesmo impedir que boatos ou informações falsas acabem chegando ao público.

Sempre dê alguma resposta, ainda que seja apenas para dizer “não posso falar sobre esse tema por enquanto” ou mesmo “estou avaliando a questão e falarei sobre ela com mais detalhes em breve”.

9. Use a empatia a seu favor

Todo profissional do Direito, de uma forma ou de outra, aprende a desenvolver a empatia, não é mesmo? Afinal, é preciso habilidade para fazer acordos, para tratar com os clientes e até mesmo para convencer um juiz sobre um ponto de vista. Use isso a seu favor.

Dessa forma, trate sempre os repórteres com polidez e cortesia. Isso vai ajudar a divulgar os fatos de interesse da instituição, além de evitar falhas no processo comunicativo. Se você for paciente e educado, o jornalista terá mais liberdade para esclarecer eventuais dúvidas, o que é imprescindível para reduzir os equívocos nas mensagens.

10. Apresente dados atualizados

Quando tiver uma entrevista agendada, prepare-se para ter em mãos dados atualizados sobre o tema. O ideal é ter um material de apoio como suporte para o caso de dar algum branco ou mesmo de ficar com alguma dúvida em relação a números, por exemplo.

Estatísticas, decisões, emissão de sentenças, entre outras informações, devem ser sempre apresentadas em suas versões mais recentes. Lembre-se de que o ineditismo é um dos principais critérios de noticiabilidade. A Assessoria de Imprensa de seu órgão pode ajudá-lo a elaborar esses relatórios.

Esteja também sempre bem informado sobre temas polêmicos em alta na mídia, como a prisão de condenados em segunda instância. Muitas vezes, a opinião do servidor do Judiciário sobre assuntos controversos é requisitada.

Como você pôde perceber, o relacionamento de servidores do Judiciário com a imprensa é algo que requer cuidado e habilidade. Cultivando um convívio amistoso com os profissionais de comunicação, você conseguirá mais espaço na mídia e, como consequência, mais reputação e prestígio.

Além disso, terá boas oportunidades de divulgar o trabalho de sua instituição. E aí? Ficou interessado? Quer saber mais sobre a carreira pública no Judiciário? Então assine a nossa newsletter!

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