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Como a revolução digital estreita laços entre Direito e tecnologia
A era digital promoveu mudanças nas relações de trabalho, fornecimento de produtos e prestação de serviços. A área jurídica não é exceção à regra: Direito e tecnologia andam cada dia mais juntos.
Esse ramo foi revolucionado por lawtechs, softwares, blogs e sites, educação a distância, redes sociais e aplicativos que reconfiguraram o trabalho desenvolvido por advogados e outros juristas.
O dinamismo do mundo moderno formou um público exigente e antenado, cobrando dos profissionais não só estudo constante, mas a necessidade de se reinventarem diante de tantas ferramentas e recursos tecnológicos.
Quer ficar por dentro dessa tendência mundial? Acompanhe os tópicos a seguir:
A indústria 4.0: configuração do panorama atual
A primeira grande Revolução Industrial trouxe a mecânica; a segunda, a elétrica; a terceira promoveu a informatização nas empresas. A quarta é a que se vive atualmente e inova com a robotização de processos, a inteligência artificial e a internet das coisas.
Nesse cenário, as organizações contam com programas de computador capazes de captar informações, respondê-las e interagir com sistemas digitais internos (da própria corporação) e externos (como sites de tribunais, por exemplo).
Esses robôs evitam tarefas repetitivas por parte dos colaboradores, funções que demorariam muito tempo para serem desenvolvidas manualmente e são altamente sujeitas ao erro humano em razão de seu detalhismo.
Imagine uma máquina gerando cotações aos clientes de uma seguradora ou verificando o score do contratante de um empréstimo do banco. O sistema de dados da empresa é retroalimentado e se conecta a vários outros com informações tão valiosas quanto, gerando relatórios e melhorando o planejamento estratégico no ramo corporativo.
Reflexos no mundo jurídico
O profissional do Direito tem muito a ganhar com essas novas tendências. A revolução não exclui o ser humano das atividades, mas o integra às máquinas, permite melhor alocação de pessoal e otimiza desempenho dos colaboradores.
Assim, questões trabalhistas são reconfiguradas (Direito do Trabalho), bem como as áreas de auditoria (Compliance) e o controle dos tributos (Direito Tributário), entre outras transformações.
Além disso, a integração entre sistemas digitais promovida pela Internet das Coisas e a inteligência artificial atinge clientes, estabelecendo novos parâmetros nas relações de consumo (Direito do Consumidor).
O armazenamento de arquivos na nuvem e carros sem motoristas são exemplos de inovações tecnológicas que vão revolucionar as relações sociais, fomentando o desenvolvimento de uma nova vertente jurídica: o Direito Digital.
Imagine as questões de privacidade, dados, sigilo e controle de informações a serem suscitadas em 2020, quando 20 milhões de objetos estarão conectados à rede digital.
Direito e tecnologia: reflexos no mercado de trabalho
Se o avanço tecnológico chegou às grandes empresas, ele também alcançou os escritórios de advocacia.
Em sua evolução mais básica e disseminada, os processos novos são digitais e os antigos estão sendo digitalizados. Ademais, existem hoje sites pelos quais correspondentes jurídicos são contratados virtualmente, realizando-se toda a negociação a distância e online.
Softwares como o CP-Pro e o Espaider atualmente fazem a gestão dos casos nos escritórios e departamentos jurídicos, monitorando tarefas e compromissos. Os programas inclusive permitem a sincronização de agendas em gadgets diferentes, facilitando o acesso por parte dos advogados.
Sua extensão para aplicativos móveis admite a interação por várias plataformas e melhor controle dos prazos pelos profissionais, tarefa também realizada pelo app Pocket Jurídico.
Quando se trata de documentos, a tendência é o armazenamento em nuvem, promessa de reduzir espaços, otimizar o tempo e conferir mais segurança ao arquivos a ele destinados.
Direito e tecnologia: por dentro das tendências
Indo além do básico, Direito e tecnologia convergem nas lawtechs para otimizarem resultados. A exemplo disso, os já tradicionais sites de busca de jurisprudência como o Jusbrasil vêm se tornando obsoletos diante da eficiência de robôs capazes de redigir peças inteiras em 5 minutos.
Outras startups jurídicas como a Luminance trazem a proposta de análise contratual em tempo muito inferior ao que levaria uma equipe de advogados, facilitando procedimentos gigantescos e burocráticos de fusão e aquisição de empresas.
Outra área de destaque nesse panorama é a jurimetria, capaz de calcular riscos e prever perdas em ações judiciais. Essa estatística ajuda os empresários a reparar erros em suas atividades e estimula a disseminação de métodos alternativos de resolução de conflitos, tais como a mediação e a arbitragem.
Falando nisso, o Brasil tem 80,1 milhões de processos aguardando decisão judicial. A judicialização é um processo caro e demorado, de forma que litígios podem ser evitados ou finalizados por acordos.
A proposta da Sem Processo é justamente essa: promover transações com as empresas sem a necessidade de se recorrer à justiça de forma pacífica, amigável e não coercitiva.
Assim, as lawtechs se prestam à reprodução de um modelo escalável e repetitivo, reduzem custos, aumentam a produtividade e eficiência do serviço prestado pelo advogado. Não é só ele que lucra com essa agilidade, mas também os clientes, cujo nível de satisfação é maior com o trabalho desenvolvido dessa maneira.
Comportamento do profissional
O estreitamento de laços entre Direito e tecnologia exige dos juristas uma nova abordagem na divulgação de seu trabalho: eles passam a contar muito com o marketing jurídico no meio digital.
A disseminação na internet é rápida, abrangente e permite ao cliente em potencial dar rosto ao advogado antes de entrar em contato remoto com ele via Skype, por exemplo.
Inclusive, muitos profissionais experientes estão utilizando essa ferramenta de comunicação para prestarem consultoria àqueles que acabaram de entrar no mercado de trabalho, orientando-os em suas causas.
Existem blogs, podcasts e perfis no Instagram com postagens diárias sobre o cotidiano do advogado, dando dicas de comportamento em audiências e sustentações orais.
Isso sem mencionar a qualidade de cursos virtuais a distância estimulando a formação de juristas e educando quem busca seguir carreira pública. Eles servem àquelas pessoas com a rotina atribulada, permitindo que elas façam seu próprio horário no conforto de qualquer lugar com internet.
Viu só como Direito e tecnologia estão profundamente conectados? A rapidez na evolução da era digital exige aprimoramento constante do profissional, inclusive na área jurídica. Inovação é palavra de ordem e, se bem utilizada, é um grande diferencial competitivo para quem quer se promover no mercado de trabalho.
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