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[Depoimento] Especialização em Cannabis Medicinal: Um marco para a medicina que transforma vidas

Depoimento: Pós em Cannabis Medicinal

A advogada e agora especialista em Cannabis Medicinal Marfilha Ligabo começou a ter interesse pelo tratamento com cannabis quando sua mãe recebeu o diagnóstico de Alzheimer, doença incurável que acomete mais de um milhão de brasileiros, segundo Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAZ).

A doença, que costuma acometer idosos, não é a única a ser tratada com esse tipo de medicamento, que é empregado em casos de epilepsia, esclerose, artrite e até em doenças psiquiátricas, por exemplo. Os resultados são promissores, como no caso da mãe da Marfilha, que após começar o tratamento apresenta “uma boa qualidade de vida no alto de seus 96 anos de idade”.

Entenda o curso

A especialização em Cannabis Medicinal faz uma abordagem multidisciplinar sobre o tema, passando pela origem e história da cultura canábica, farmacologia, legislação e regulamentação, técnicas de cultivo e manejo, fabricação, até seu uso enquanto tratamento, como é possível ver na grade de disciplinas na página do curso. Tudo para desenvolver uma visão holística do assunto.

Esse é um curso recente, desenvolvido a partir de uma linha de pesquisa ainda subexplorada no Brasil e no mundo devido ao estigma envolvendo o assunto, sendo desenvolvido por um corpo docente de peso que são pesquisadores da área.

Além desse curso, há também as especializações em Cannabis Medicinal e Direito e Cannabis Medicinal para Farmacêuticos, ambos mais voltados para suas respectivas áreas de Direito e Farmácia. Todos os cursos duram entre 10 a 11 meses, são feitos a distância e conferem certificado de especialista válido em todo território nacional.

Confira o depoimento na íntegra

Aproveite para conhecer um pouco mais da história da Marfilha e compreender como a cannabis pode representar amparo e qualidade de vida para inúmeras famílias no Brasil e no mundo.

“Meu nome é Marfilha Ligabo, moro em Santo André (SP), sou advogada atuando na área criminal há 36 anos e o interesse para buscar maior conhecimento sobre cannabis medicinal ocorreu com o diagnóstico de Alzheimer da minha mãe.

Buscamos um médico prescritor e desde outubro de 2019 ela passaria a usar o extrato de cannabis, apresentando uma boa qualidade de vida no alto de seus 96 anos de idade.

Na mesma ocasião, tomaria conhecimento do Projeto Mães Jardineiras, organizado pelo Padre Ticão e a médica psiquiatra Eliane Nunes. Assim, ingressei como voluntária no grupo jurídico e, com a procura de familiares sem condições de custear o produto importado, passaríamos a ingressar com habeas corpus preventivo visando a concessão de salvo conduto para cultivo doméstico da cannabis sativa para fins medicinais na Justiça Estadual de São Paulo.

Temos obtido êxito, entendendo que quanto maior for o nosso conhecimento melhor será a argumentação que teremos para convencimento dos juízes responsáveis por essas decisões. Importante destacar que na documentação que apresentamos estaria incluído o parecer de um agrônomo, além de relatório médico da prescrição e evolução desse uso.

Todas as pessoas que estariam pleiteando o salvo conduto teriam concluído, ao menos, um curso que incluiria o preparo desse extrato artesanal. 

Observo ainda que a cada dia que passa me deparo com um leque infinito de conhecimento a adquirir. Parabéns pela iniciativa deste curso.”

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