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Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais: tudo o que você precisa saber sobre esta especialização

Em 2002, o Conselho Federal de Odontologia (CFO) regulamentou a especialidade Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais com o objetivo de capacitar os cirurgiões-dentistas para o atendimento dessa parcela da população, apesar disso e do Brasil fazer parte de 1/3 dos países membros da Organização das Nações Unidas (ONU) que possuem legislação para pessoas com deficiência, a saúde bucal para pessoas com necessidades especiais é a assistência em saúde mais negligenciada de todas, seja no ambulatorial, domiciliar ou hospitalar. 

Segundo dados do CFO, de um total de 328 mil cirurgiões-dentistas inscritos em todo o país, apenas 718 têm especialização em Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais, o que mostra a falta de profissionais para atender essa parcela da população, tanto na rede pública quanto na privada. 

De acordo com dados do último Censo Demográfico, no Brasil, são mais de 45 milhões de pessoas com necessidades especiais, o equivalente a 23,9% da população brasileira. 

E esses pacientes têm até duas vezes mais chances de ter agravos bucais mais severos como cárie e doença periodontal, isso por conta das limitações e da dificuldade de realização da higiene bucal, que muitas vezes é negligenciada por responsáveis ou familiares, o que favorece o acúmulo de placa bacteriana, por exemplo, que pode gerar essas patologias.  

Pacientes especiais na odontologia: quem são?

A odontologia é um ramo da saúde que atende uma grande diversidade de pacientes, entre eles, os portadores de necessidades especiais (PNE), os quais os profissionais precisam estar preparados para atender. 

A Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais é direcionada para todo indivíduo que apresenta alguma alteração física, intelectual, social ou emocional na condição, que pode ser momentânea ou permanente, aguda ou crônica, simples ou complexa. Por isso, esse paciente precisa receber atendimento especial e instruções suplementares. 

Com isso, esse atendimento requer uma abordagem especial, multiprofissional e com um protocolo específico. Somente conhecendo as condições de cada paciente especial que o profissional poderá adequar o tratamento de acordo com as particularidades. O primeiro passo de tudo é realizar a anamnese detalhada. 

Entre os exemplos de pacientes especiais, estão indivíduos com deficiência intelectual, distúrbios físicos ou de motricidade (paralisias diversas), portadores de autismo, epilepsia, de infecções como hepatites e AIDS etc. 

De acordo com o diagnóstico, os pacientes especiais são classificados seguindo algumas categorias. São elas: 

  • Distúrbios sensoriais, como a deficiência auditiva e visual;
  • Transtornos psiquiátricos e neurológicas, como: fobias, ansiedade, depressão, transtorno obsessivo-compulsivo, esquizofrenia;
  • Deficiência mental, que é o comprometimento intelectual devido a fatores pré-natais, perinatais e pós-natais, de origem genética, ambiental ou desconhecida;
  • Deficiência física: que pode ser de linguagem, visual ou neuromotora, causadas por sequelas de paralisia cerebral, acidente vascular encefálico e miastenia gravis; 
  • Condições e doenças crônicas/sistêmicas como hipertensão, cardiopatias, pacientes diabéticos, irradiados em região de cabeça e pescoço, transplantados ou imunossuprimidos;
  • Distúrbios comportamentais como autismo, bulimia, anorexia;
  • Doenças infectocontagiosas: pacientes HIV positivos, hepatites virais, tuberculose etc.;
  • Outras condições como: gestantes, acidentados, idosos, pré e pós-cirúrgico, pacientes em tratamento de quimioterapia e radioterapia.

Ou seja, a Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais é direcionada para todo indivíduo que precisa de atendimento diferenciado, seja por questões de ordem física, sensorial, mental, comportamental ou de atendimento. 

Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais: como é feita a abordagem?

Para melhorar a condição bucal desses pacientes, o dentista precisa conhecer a fundo as limitações de cada condição, que podem dificultar o atendimento odontológico, exigindo uma aproximação do profissional com o paciente.

Com isso, a falta de preparo técnico dos profissionais pode dificultar o tratamento, gerando ausência de satisfação e bem-estar ao paciente. 

Em pacientes colaborativos, a abordagem pode ser convencional, mas em alguns casos os profissionais precisam de técnicas psicológicas, de contenção protetora ou química, ou ainda de anestesia geral, por isso, o dentista pode precisar de  um vasto conhecimento em clínica médica geral, psiquiatria, neurologia, psicologia, fisiologia e farmacologia. 

Sobre as principais competências do especialista em Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais, segundo o artigo 70 da Consolidação das Normas para procedimentos nos Conselhos de Odontologia do Conselho Federal de Odontologia, são elas: 

  • Prestar atenção odontológica aos pacientes com distúrbios psíquicos, comportamentais e emocionais; 
  • Prestar atenção odontológica aos pacientes que apresentam condições físicas ou sistêmicas, incapacitantes temporárias ou definitivas no nível ambulatorial, hospitalar ou domiciliar; 
  • Aprofundar estudos e prestar atenção aos pacientes que apresentam problemas especiais de saúde com repercussão na boca e estruturas anexas, bem como das doenças bucais que possam ter repercussões sistêmicas; 
  • Interrelacionamento e participação da equipe multidisciplinar em instituições de saúde, de ensino e de pesquisas.

Que tipo de tratamento odontológico pode ser oferecido?

Pacientes com necessidades especiais podem apresentar diversas doenças bucais, principalmente por conta da condição da inabilidade motora. 

Dentre os problemas mais comuns que atingem essa população, está a cárie dentária que, além de ser causada pela falta de higiene bucal, também pode ser agravada por alguns medicamentos que causam xerostomia (boca seca) e aumentam o risco dessa doença. 

Doenças periodontais como inflamação e sangramento das gengivas também são frequentes nesses pacientes.

O alinhamento anormal dos dentes superiores e inferiores, conhecido por maloclusão, que pode ser decorrente de fatores genéticos, ambientais ou comportamentais, também podem causar problemas na mastigação, fala e estética.

Ainda em alguns pacientes, existe um risco maior de trauma dentário, ocasionando fraturas. 

E quanto ganha esse profissional?

Existe um número baixo de profissionais especializados em odontologia para pacientes com deficiência, o que faz com que a área seja bem valorizada. 

O profissional especialista em Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais pode atuar em consultório próprio, oferecendo atendimento, ou em hospitais, clínicas e consultórios públicos, podem seguir carreira acadêmica ou prestar concursos públicos para vagas específicas também.

O salário desse especialista gira em torno R$3.000,00, podendo chegar até R$7.473,05. 

Para se tornar um odontologista para pacientes com deficiência e atuar na área, o profissional precisa cursar uma especialização reconhecida pelo MEC, com algumas especificações do Conselho Regional de Odontologia (CRO) e ao final se inscrever no CFO.  

Especialização em Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais Unyleya

Com 1.000 horas de duração e uma grade curricular extremamente extensa que abrange desde desenvolvimento pessoal e profissional na área da saúde, e ética e legislação odontológica; a especialização em Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais da Unyleya possibilita ao aluno cirurgião-dentista aperfeiçoar os conhecimentos técnicos-científicos para prevenção, diagnóstico, recuperação e reabilitação dos problemas de saúde bucal voltados a esses pacientes que precisam de cuidados especiais.     

A grade curricular do curso EAD contempla:

  •  Deficiência Física e Distúrbios Comportamentais e Psiquiátricos;
  • Odontologia Domiciliar Aplicada a Pacientes com Necessidades Especiais; Atendimento Odontológico ao Paciente Hepatopata;
  • Renal e Transplantado;
  • Atendimento Odontológico ao Paciente Cardiopata e Oncológico;
  • Distúrbios e Síndromes (Congênitas, Hematológicas, Neurológicas e Imunossupressão);
  • Doenças de Natureza Infecciosa, Imunológica;
  • Manifestações Bucais das Doenças Sistêmicas

e muito mais. 

Ao final da formação, o aluno cirurgião-dentista estará habilitado e preparado para oferecer um atendimento seguro e eficiente, contribuindo para a melhoria da saúde bucal de cada paciente, entregando bem-estar físico. 

Acesse o site da Unyleya e conheça a grade curricular do curso. Comece agora mesmo a aprofundar seus conhecimentos na odontologia para pacientes especiais e descubra novas oportunidades em sua carreira.

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