Carreiras em Direito
Oratória Jurídica: 11 dicas para melhorar sua argumentação
Umas das grandes exigências para os advogados é saber dominar os assuntos referentes à sua área de atuação. Porém, tão importante quanto isso, é saber como se expressar e se comunicar, tornando essencial ter uma boa oratória jurídica.
Falar bem é uma habilidade primordial para quem deseja obter sucesso em vários âmbitos, como no momento em que estiver fazendo uma prova oral de concurso, falar em público, realizar sustentações orais, em um Tribunal do Júri, durante audiências, ao atender a um cliente e, até mesmo, em um simples diálogo com colegas de trabalho.
A capacidade de se comunicar faz com que você se torne destaque e consiga alavancar sua carreira profissional. Além disso, muitos profissionais são comumente elogiados devido à capacidade de convencimento e persuasão.
Caso você não tenha toda essa facilidade no momento de falar, mas tem vontade de aprender, está no lugar certo. Existem diversas técnicas que podem te ajudar no momento de se exteriorizar e, caso tenha o interesse em conhecê-las, continue lendo este texto. Boa Leitura!
1. Domine o vocabulário
Ter um domínio amplo do vocabulário vai te ajudar a escolher as palavras apropriadas quando for utilizá-las no meio jurídico ou se precisar dialogar de uma maneira mais formal.
Porém, ao falar com um cliente, na maioria das vezes será preciso usar termos mais simples para que a pessoa entenda o que você quer dizer. O certo é manter um equilíbrio entre o formal e o informal e ter bom senso, dependendo do contexto em que você precisa dizer algo.
2. Treine a apresentação
É muito importante treinar a sua fala sempre que possível. A prática é fundamental para manter sua apresentação na memória. Crie perguntas que podem ocorrer, se apresente para a família, amigos, em frente ao espelho ou qualquer outro jeito que te deixe mais confiante e que te ajude a aprimorar sua oratória jurídica.
3. Tenha postura
Antes mesmo de começar a falar, a sua postura vai dizer como está se sentindo naquele momento. Tenha muito cuidado, pois nessa hora você pode transmitir uma aparência negativa, pessimista, nervosa, pouco confiante etc. Além disso, movimente-se com calma para não parecer ansioso — é preciso que você mostre a sua capacidade ao expectador.
4. Encare o público
Um dos maiores erros cometidos é não encarar o ouvinte no momento da fala. Olhar para o público aumenta o interesse e o grau de atenção, além de ser primordial para uma boa comunicação interpessoal e demonstrar que você tem certeza do que está dizendo.
5. Caminhe enquanto fala
É muito normal sentir receio quando se está diante de pessoas totalmente desconhecidas. Saiba que umas das maneiras de controlar o nervosismo é caminhando. Ter medo e ansiedade nessas horas é comum, mas o importante é saber deixar tudo sob controle quando isso acontecer.
Caminhar diminui o nervosismo que está acumulado, tornando uma tática bem propícia quando você se expõe.
6. Busque informações
Busque o máximo de informações possível quando for defender algo oralmente. Tente conhecer as preferências de quem vai te ouvir, conheça a banca, a câmara para qual vai sustentar, a vara e assista a outras pessoas falando. Toda informação que você tiver será importante para embasá-lo e prepará-lo para esses tipos de situações.
7. Transforme a apresentação em conversa
Não é preciso encher suas falas de discursos desnecessários, mas você tem que usar a linguagem e o tom correto de acordo com o ouvinte.
Tente encontrar a melhor maneira de falar, de modo a ser persuasivo e convencer quem está te escutando a também participar do assunto — isso quer dizer que sua conversa está fluindo e que a pessoa está entendo o que você está dizendo.
8. Entenda do assunto
Quando você diz a respeito de algo que domina, o poder de convencimento é muito maior, o que o auxilia a ter uma boa oratória jurídica. Portanto, procure sempre se atualizar e estar por dentro do assunto que se propôs a falar. Dessa forma, se sentirá mais confiante e menos nervoso, conseguindo atingir uma fala clara e objetiva.
9. Preste atenção em sua respiração
Quando você respira da maneira correta, seu pulmão fica totalmente preenchido pelo ar. Por isso, respire fundo e deixe que o ar entre. Essa prática possibilita que você se sinta mais relaxado e tranquilo. Se você tiver alguma dificuldade, deite um pouco e gaste um tempo tentando mexer mais os pulmões.
10. Priorize os pontos-chave do assunto
Os principais momentos de um discurso são o início e a conclusão. Podem até não ser os períodos em que se formulam as melhores ideias, mas são os mais importantes no geral de uma fala.
Quando você faz uma boa introdução, o ouvinte consegue adquirir conhecimentos proveitosos e relevantes acerca do assunto relatado. Além disso, uma conclusão eficiente e objetiva ajuda a quem escuta a tomar uma decisão e a formar opinião naquele momento.
Aquele que apresenta algum argumento sem saber quais palavras ou ideias se enquadram melhor, vai iniciar e acabar seu discurso sem conseguir convencer quem o está escutando.
11. Organize e planeje o que você vai dizer
É bem interessante que você organize o que vai dizer, pois não adianta nada você ter em mente tudo o que quer falar, mas não argumentar de forma estratégica. Quando as pessoas não conseguem identificar a coerência do discurso ou não são capazes de perceber a ideia principal da fala, fica muito mais difícil tomar uma decisão a seu favor.
Se o seu discurso não apresenta uma estruturação que tenha introdução, meio e conclusão, os juízes, a banca de concursos ou seus colegas de profissão não entenderão a ideia principal e vão prestar mais atenção em outros aspectos que não são relevantes sobre o que você pretende transmitir.
Conseguiu identificar por que a oratória jurídica é tão importante para os profissionais de Direito? Saber se expressar oralmente é um dos caminhos fundamentais para atingir o êxito na sua carreira, considerando que a fala, juntamente a todo o conhecimento adquirido durante a graduação, é a grande ferramenta de trabalho do advogado.
Contudo, ninguém se torna bom o suficiente em oratória jurídica sem conhecer e estudar os métodos do discurso, que podem ser adquiridos com muito estudo e leitura.
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