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Advogados associados: como escolher os melhores parceiros?

Advogados associados: como escolher os melhores parceiros?

Encontrar os parceiros certos é um dos maiores desafios — e também uma das decisões mais estratégicas — para quem deseja expandir seu escritório de advocacia. Com o crescimento do modelo de advogados associados, muitos profissionais veem nessa estrutura uma oportunidade de unir forças, compartilhar recursos e ampliar sua atuação no mercado jurídico.

Mas, para que essa associação funcione de forma produtiva e sustentável, é preciso muito mais do que compatibilidade técnica. O sucesso de uma parceria está no alinhamento de valores, na clareza dos objetivos e na construção de uma relação baseada em confiança e profissionalismo.

Neste artigo, você vai entender como funciona o modelo de advogados associados, o que considerar na hora de escolher os parceiros ideais e quais critérios práticos devem ser observados para garantir uma associação realmente vantajosa — tanto para o escritório quanto para os profissionais envolvidos.

O que são os advogados associados?

Os advogados associados são um profissional do Direito que atua em parceria com um escritório, sem vínculo empregatício, mantendo sua autonomia jurídica, mas contribuindo ativamente para as atividades do escritório em que está vinculado. Essa relação é formalizada por meio de um contrato de associação, registrado na OAB, que estabelece os deveres, limites e condições da parceria.

Diferentemente de um advogado contratado sob regime CLT ou de um sócio com participação societária, o advogado associado é, na prática, um prestador de serviços jurídicos que trabalha de forma colaborativa com o escritório, podendo usar sua estrutura física, equipe administrativa, marca e carteira de clientes — sempre dentro dos termos previamente acordados.

Esse modelo tem ganhado força entre profissionais que desejam crescer na carreira sem abrir mão da autonomia, além de permitir ao escritório ampliar sua capacidade técnica e de atendimento sem os custos e burocracias de uma contratação tradicional.

O contrato de associação deve detalhar pontos como:

  • Áreas de atuação do associado;

  • Critérios para repasse de honorários;

  • Regras sobre captação e atendimento de clientes;

  • Condições de exclusividade (ou não);

  • Política de uso da estrutura do escritório e divisão de custos.

Ser um advogado associado é, portanto, atuar com liberdade e estratégia, dentro de uma estrutura coletiva que beneficia tanto o profissional quanto o escritório. Para quem deseja crescer sem seguir o caminho tradicional da sociedade ou da contratação, essa é uma alternativa inteligente e legalmente segura.

Como funcionam os advogados associados?

O modelo de advogados associados é uma estrutura jurídica cada vez mais comum entre escritórios que desejam crescer de forma colaborativa, mantendo a autonomia profissional de seus integrantes, mas somando forças para ampliar a atuação e oferecer serviços mais completos ao cliente.

Na prática, trata-se de uma associação entre profissionais autônomos, registrada formalmente na OAB, onde cada advogado continua sendo pessoa jurídica ou física independente, mas atua em conjunto com outros colegas sob a mesma marca ou estrutura de escritório. Essa união ocorre sem vínculo empregatício, mas com regras bem definidas de cooperação, divisão de responsabilidades e repartição de honorários.

Esse tipo de associação é regulamentado pelo Provimento n.º 112/2006 da OAB, que estabelece critérios para registro, publicidade e atuação conjunta dos profissionais. A principal vantagem é a possibilidade de criar uma rede de colaboração profissional sem a rigidez de um contrato de sociedade ou a formalidade de uma contratação CLT.

Em resumo, funciona assim:

  • Cada advogado associado mantém sua independência jurídica e fiscal;

  • As partes definem acordos sobre captação de clientes, repasse de honorários, uso da estrutura física e digital, e estratégias de marketing;

  • O vínculo é regido por contrato de associação, com cláusulas claras de direitos, deveres e eventuais critérios de exclusividade ou confidencialidade;

  • Todos os profissionais devem estar regularmente inscritos na OAB e respeitar as normas éticas da advocacia.

Em suma, os advogados associados permitem somar competências, dividir custos operacionais, fortalecer a marca do escritório e entregar ao cliente um serviço mais especializado — sem abrir mão da autonomia. É uma solução estratégica para quem quer crescer de forma flexível e estruturada.

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Como recebem os advogados associados​?

A remuneração dos advogados associados funciona de maneira diferente dos modelos tradicionais de contratação. Como não há vínculo empregatício, não existe salário fixo, férias ou benefícios previstos na CLT. Em vez disso, os ganhos são definidos com base em critérios previamente acordados em contrato, normalmente relacionados à prestação de serviços e ao repasse de honorários.

De forma geral, o advogado associado recebe de acordo com:

  • A participação nos casos que atua diretamente;

  • A origem dos clientes que ele próprio prospecta e atende;

  • A política interna do escritório sobre divisão de honorários.

Por exemplo: se o cliente é captado pelo escritório, o advogado associado recebe uma porcentagem do valor dos honorários conforme o contrato interno. Se o cliente é trazido pelo próprio advogado, é comum que ele fique com uma parte maior do valor, já que a prospecção foi feita por ele.

Além disso, podem existir diferentes formatos de repasse:

  • Percentual sobre cada processo;

  • Pagamento por peça elaborada ou audiência realizada;

  • Remuneração mensal fixa, combinada com variáveis por produção (em alguns acordos mais híbridos).

Esse modelo de remuneração valoriza o desempenho, a produtividade e a contribuição do profissional para o escritório. Ele exige clareza e transparência entre as partes, para evitar conflitos futuros.

Por isso, é fundamental que tudo esteja formalizado em contrato: prazos de pagamento, critérios de divisão, cláusulas de exclusividade (se houver) e responsabilidades de cada parte.

O modelo de advogados associados é ideal para quem busca maior flexibilidade, autonomia e ganhos proporcionais ao esforço e à entrega. Mas, para funcionar bem, é preciso alinhamento de expectativas desde o início.

Advogados associados: como escolher os melhores parceiros?

Escolher um advogado associado é uma decisão estratégica que impacta diretamente a reputação, os resultados e o futuro do seu escritório. Mais do que buscar um profissional tecnicamente competente, é fundamental identificar parceiros que compartilhem valores, visão de negócio e compromisso ético.

A relação entre advogados associados precisa ser construída com confiança mútua, clareza nos objetivos e equilíbrio entre autonomia e colaboração. Por isso, antes de formalizar qualquer vínculo, é essencial avaliar uma série de critérios que vão além do currículo.

A seguir, veja os principais pontos que você deve considerar:

1. Alinhamento de propósito e visão profissional

Busque parceiros que compartilhem da mesma visão de advocacia que você pratica ou deseja construir. O associado ideal é aquele que compreende a cultura do escritório, entende o perfil dos clientes atendidos e está disposto a crescer junto com a equipe.

2. Reputação e postura ética

A reputação dos advogados associados influenciam diretamente a imagem do seu escritório. Por isso, investigue o histórico profissional, converse com colegas de referência e observe como o candidato lida com prazos, sigilo, postura com clientes e relacionamento interpessoal. Ética não é negociável.

3. Complementaridade técnica

Um bom parceiro é aquele que agrega valor. Em vez de buscar alguém com o mesmo perfil que o seu, procure por competências complementares. Isso permite ampliar a atuação do escritório, oferecer novos serviços e aumentar a competitividade frente ao mercado.

4. Capacidade de relacionamento e trabalho em equipe

Ser advogado é também saber trabalhar em rede. O profissional associado precisa ter boa comunicação, disposição para colaborar e maturidade para resolver conflitos de forma construtiva. Relações de parceria só prosperam quando há respeito e abertura.

5. Clareza contratual e expectativas alinhadas

Antes de formalizar a associação, é essencial discutir abertamente pontos como divisão de honorários, uso da estrutura, captação de clientes, responsabilidades e formas de remuneração. Um contrato bem elaborado é a base para uma relação duradoura e saudável.

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Atualizado no dia 16/04/2025.

 

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