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Carreiras em Direito

Gestão de conflitos: aprenda desde a importância até boas práticas

A gestão de conflitos é um campo de trabalho em que cada vez mais advogados têm investido seu conhecimento para atuar. Essa possibilidade se mostra interessante graças à alta demanda de serviços e ao distanciamento da morosidade da Justiça brasileira. Contudo, é preciso se adequar e se preparar da forma correta.

Para ter sucesso no segmento, o  advogado deve reunir características importantes e estar pronto para os desafios da mediação de conflitos. Entenda mais sobre o assunto e conheça boas técnicas para aplicar no trabalho!

A perspectiva do que é a mediação de conflitos

A gestão de conflitos se apresenta como uma interessante possibilidade ao advogado. Toda a atuação acontece de forma extrajudicial, com apenas a participação das partes envolvidas e do profissional do  Direito, que atua como o grande gestor do assunto, no papel de fazer os envolvidos chegarem a um acordo.

O papel do advogado mediador é facilitar o diálogo, aproximar as partes e viabilizar esse contato para que os impasses sejam resolvidos. Essa atuação tem, acima de tudo, a proposta de antecipar um acordo para que não seja necessária a resolução na esfera jurídica. Assim, as partes envolvidas conseguem uma solução ágil e objetiva.

Os desafios da mediação de conflitos

Não é difícil imaginar que lidar com os conflitos não é uma tarefa simples. Nessa posição, o advogado se vê na necessidade de fazer com que um obstáculo seja ultrapassado. Em alguns momentos, há até mesmo por parte dos envolvidos a falta da comunicação e da disposição em chegar a um denominador comum.

Ao advogado, resta saber lidar com essas questões para exercer seu trabalho. A seguir, entenda os principais desafios que o profissional enfrenta:

Interpretação do conflito

O primeiro passo é entender o que motiva o conflito em questão. Dessa forma, considerando valores comuns, experiências passadas e a situação de cada envolvido, esse advogado consegue conduzir a situação adequadamente.

Parcialidade frente ao conflito

Ao advogado não deve interessar o favorecimento de nenhum dos envolvidos. Sua função é apenas promover o diálogo que, preferencialmente, resulte na solução da questão. É fundamental se manter neutro, estando apenas ao lado da tentativa de solucionar a questão da melhor forma para todas as partes.

Comunicação adequada

O mediador precisa se comunicar de forma adequada e prezar para que as partes exerçam as mesmas práticas. A ética, o respeito e a amistosidade nos diálogos devem ser preservados e estimulados durante a gestão do conflito.

Envolvimento na situação

O nível de envolvimento do advogado deve ter limites éticos e profissionais. O preparo do mediador deve dar a ele a capacidade de encarar os conflitos apenas com o seu papel de conciliador. Caso contrário, ele não estará apto a atuar no caso.

As principais técnicas para a gestão de conflitos

Um profissional capacitado para atuar na gestão de conflitos precisa desenvolver suas qualidades de maneira adequada. Só seu conhecimento e sua capacidade de se comunicar não bastam. A técnica é de grande importância nesse tipo de atuação.

Os casos de mediação de conflitos demandam o domínio de  estratégias de oratória que se aplicam normalmente na prática jurídica. Por meio dessas ferramentas o advogado conseguirá exercer seu papel de mediador com maior eficiência. A seguir, conheça as principais técnicas e saiba como elas devem ser aplicadas na mediação:

Escuta ativa

A escuta ativa coloca o advogado na posição de análise da linguagem verbal e corporal dos envolvidos no conflito. O profissional, no primeiro momento, limita-se a observar e, a partir do que constatar, traçar perfis e entender o que cada pessoa pode agregar a mais para que o acordo seja alcançado.

O advogado, após a observação, estimula que cada um dos envolvidos expressem suas emoções e sentimentos de maneira produtiva à solução do conflito. O trabalho também é feito no incentivo para que essas reações sejam traduzidas em diálogo e compreensão.

Rapport

A técnica de Rapport tem como base a empatia.

Quando aplicada na gestão de conflitos, ela coloca o mediador com uma postura que transmita confiança aos envolvidos. Dessa forma, com a condução correta na comunicação e na postura, as partes envolvidas terão no advogado a certeza de alguém comprometido e confiável.

A partir desse momento, o profissional trabalhará na condução do caso da melhor forma, tentando extrair de cada um mais disposição à resolução das questões. Com a empatia em alta, a tendência é que as pessoas aceitem um diálogo mais amplo e detalhado, caminhando para um denominador comum, ou seja, o fim do conflito.

Caucus

Entre as etapas da mediação há uma em que cada um dos envolvidos tem uma reunião prévia com o profissional. A técnica de Caucus tem o foco justamente nessa fase. Ela preza que o mediador utilize essa oportunidade para criar a proximidade necessária com as partes, gerando a confiança necessária para o restante do processo.

A Caucus também é muito usada durante possíveis momentos de tensão entre as partes. Uma conversa particular com cada uma das partes ajuda a acalmar os ânimos, recuperar a concentração e retomar o fluxo de informações úteis para que os conflitos sejam devidamente solucionados.

Os erros a serem evitados na prática da atividade

O sucesso da gestão de conflitos depende também de uma atuação reparável, que tenha uma estratégia sólida e seja executada com bases éticas. Confira alguns dos principais erros que podem arruinar o trabalho e gerar insatisfação:

Decisões parciais

As decisões devem ser tomadas sempre diante do máximo de informações e visando ao bem-estar e o equilíbrio da situação. A imparcialidade é chave para o trabalho bem-sucedido, respeitando as partes envolvidas e prezando por uma solução justa e por uma postura adequada.

Falta de planejamento

Antes mesmo de começar a atuar, o profissional deve ter uma estratégia de atuação. Esse planejamento o prepara para lidar com os conflitos da melhor forma, e assim chegar a um acordo satisfatório e em um tempo reduzido. Não é possível apenas pensar em como conduzir o caso só depois de ouvir as partes detalhadamente.

Falta de comunicação

A comunicação é a principal ferramenta do mediador. Ele deve ser transparente, claro, objetivo e, principalmente, prezar pelo diálogo qualificado e respeitoso entre as partes. Gerir a comunicação na mediação é tão importante quanto conseguir se fazer compreendido durante a condução do caso.

Trabalhar com a gestão de conflitos não é fácil, porém, com a preparação ideal é possível ter sucesso na atuação. O caminho ficou mais fácil agora que você conhece os desafios, as técnicas e os erros a serem evitados!

O melhor caminho para começar nessa carreira pode ser a pós de mediação de conflitos e arbitragem. Saiba mais sobre essa formação! Saiba mais sobre essa formação!

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