Guia de Carreiras
Entrar na faculdade: saiba tudo sobre o assunto
Não importa se você acabou de se formar no ensino médio ou se já tem um emprego estável, entrar na faculdade é essencial para continuar se aprimorando profissionalmente e alavancar a carreira.
Atualmente, existe uma enorme competição no mercado de trabalho. Quem quer se destacar precisa investir constantemente na educação. Os currículos profissionais que passam pelas mãos das empresas estão cada vez mais incrementados e, por isso, ter um diploma de curso superior é praticamente uma obrigação para quem deseja disputar uma vaga de emprego.
Se você está pensando em entrar na faculdade, mas ainda tem algumas dúvidas sobre o assunto, continue lendo o nosso post para esclarecê-las!
Por que entrar na faculdade é importante?
Existem dezenas de motivos que justificam a importância de entrar na faculdade. Apesar de existirem diversas pessoas que conseguiram se destacar profissionalmente sem ter um diploma de nível superior, essa não é a regra.
Como já mencionamos, o mercado de trabalho hoje em dia é um cenário extremamente competitivo. São milhares de pessoas que tentam disputar uma posição de destaque nesse meio, mas somente aquelas que estão bem preparadas vão conseguir.
A seguir, vamos listar as principais razões pelas quais entrar na faculdade é essencial para alcançar uma carreira de sucesso e melhores condições de vida:
Crescimento pessoal
Entrar na faculdade permite que você amplie sua visão de mundo. O contato com professores e colegas pode agregar muito conhecimento, fazendo com que você perceba que nem tudo na vida funciona da forma como pensa. Não se trata apenas de conhecimento técnico, mas também cultural.
Lá dentro, é possível aprender muitas coisas novas, adquirir experiências, conhecer pessoas e criar vínculos pessoais. Quem escolhe fazer um curso superior nunca sai da mesma forma que entrou, pois sua mente se expande e você passa a conhecer novas formas de lidar com o mundo.
Visão de mercado
Se você tem um emprego e está inserido no mercado de trabalho, provavelmente pensa que já sabe como esse sistema funciona. Porém, ao entrar na faculdade, você vai perceber que muitas das suas ideias não correspondem à realidade.
Existem diversos aspectos intrínsecos do mercado de trabalho que só quem já cursou o ensino superior sabe reconhecer. Você aprende a lidar com esses detalhes e vai obter dicas para conquistar uma posição de sucesso.
Disciplina
É comum encontrar estudantes de universidades reclamando de professores “carrascos”, que cobram muito dos alunos. Por mais que isso pareça algo ruim no momento, esses mesmos estudantes vão agradecer por isso no futuro.
A faculdade exige que você crie o hábito de estudar e tenha disciplina para ser aprovado. Essa é uma das características mais valorizadas no mercado de trabalho. Além disso, ao adquirir gosto pelos estudos, você provavelmente vai continuar aprimorando seu currículo cada vez mais, com especializações, MBA, mestrado, participação em congressos, entre outros.
Networking
É durante a faculdade que a maioria das pessoas começa a construir sua rede de contatos. Lá dentro, você estará em contato com professores que, muitas vezes, são profissionais renomados no mercado de trabalho e podem oferecer dicas e conselhos para desenvolver sua carreira.
O vínculo com seus colegas também pode ser muito útil. Você pode, por exemplo, conseguir um emprego graças à indicação de um deles. É possível também começar um empreendimento com seus amigos antes mesmo de se formar.
Oportunidades únicas
Um projeto de pesquisa, um estágio ou a indicação de um professor pode abrir portas para grandes oportunidades enquanto você ainda está dentro da faculdade.
Os alunos que souberem aproveitar esses momentos já começam a carreira com uma grande vantagem em relação a diversos outros profissionais. Por isso, é preciso se empenhar e ficar atento a todas as oportunidades que surgirem.
Como escolher o curso certo?
A escolha do curso superior é uma decisão muito pessoal. É preciso conhecer os seus gostos e habilidades e procurar algo que se encaixe neles. Não adianta querer fazer um curso pensando apenas nos ganhos financeiros, pois o sucesso e a qualidade de vida dependem mais do profissional do que da profissão em si.
Se você não faz ideia de quais cursos podem se encaixar no seu perfil, talvez seja interessante fazer um teste vocacional para se decidir. Antes de mais nada, você deve tentar escolher ao menos uma área de atuação, como humanas, exatas ou biológicas.
Por exemplo, caso você tenha facilidade com contas, gosta de física, matemática e química e pensa em trabalhar com isso, a área de exatas é a mais certa. Porém, se você tem um perfil mais artístico, gosta de história, geografia, política, etc., talvez a área de humanas seja a ideal.
Assim que a sua área de atuação for escolhida, é preciso analisar o mercado de trabalho para conhecer quais são as principais profissões que se relacionam com o seu perfil. Para isso, é interessante conversar com profissionais já formados, visitar as faculdades mais famosas na área, conhecer as grades curriculares dos cursos e avaliar qual é a melhor opção.
Para quem já está inserido no mercado de trabalho e deseja voltar a estudar, é preciso levar em conta dois aspectos principais:
- se você gosta do seu trabalho e quer apenas alcançar novos patamares na profissão, é preciso escolher um curso que tenha a ver com a sua função e que possibilite o seu crescimento;
- se você não gosta do atual emprego e deseja entrar na faculdade para trocar de horizontes, então é preciso seguir todos os passos anteriores para descobrir qual é a profissão mais adequada ao seu perfil.
Ao escolher um curso, não se esqueça de verificar se ele é reconhecido e credenciado pelo MEC. É importante também conhecer a faculdade e fazer uma comparação de valores para escolher aquela que oferte o melhor custo-benefício.
Atualmente, os cursos a distância estão ganhando muita relevância no mercado. Eles provavelmente são a melhor opção para quem não tem tempo para estudar em uma faculdade presencial, pois as aulas podem ser acessadas a qualquer momento e em qualquer lugar.
A EAD também é excelente para estudantes que moram em cidades do interior e não têm acesso às universidades localizadas nas capitais. É uma oportunidade de conseguir o seu diploma sem muitos gastos ou sacrifícios.
Quais são as diferenças entre a modalidade presencial e EAD?
A educação a distância (EAD) está se tornando cada vez mais popular, ainda mais diante da enorme quantidade de trabalhadores que querem voltar a estudar depois de já estarem inseridos no mercado de trabalho.
O problema é que ainda existem muitas dúvidas e preconceitos em relação a essa modalidade de ensino, pois algumas pessoas acreditam que a EAD não tem a mesma qualidade do ensino presencial. Isso acaba fazendo com que muitos estudantes abandonem o sonho de se formarem só porque não têm condições ou tempo para frequentar uma faculdade física.
A verdade é que, em questão de qualidade, não existe nenhuma diferença entre os cursos a distância e os presenciais. Isso depende única e exclusivamente das instituições de ensino e da aprovação dos cursos pelo MEC.
Assim como existem diversas faculdades presenciais de ótima qualidade e outras com reputação questionável, o mesmo acontece com a EAD. Por isso, é importante que você investigue as instituições antes de escolher onde quer estudar. É preciso levar em consideração a avaliação do MEC e o desempenho no Enade para decidir se vale a pena começar a sua graduação em determinada faculdade.
Nos últimos anos, diversos cursos em EAD obtiveram um desempenho muito maior no ENADE do que os presenciais. Além disso, a procura pela educação a distância teve uma taxa de crescimento superior à presencial, o que significa que os estudantes estão optando cada vez mais por essa modalidade de ensino.
A única diferença entre esses dois modelos de ensino está no fato de que, na EAD, o aluno não precisa sair de casa para ir às aulas. Na verdade, ele pode assisti-las quando e onde quiser, desde que fique em dia com o cronograma da faculdade.
O curso a distância não é mais fácil que o presencial. Isso é um mito. Portanto, se você pensa que não será preciso se dedicar aos estudos, está muito enganado! As cobranças são as mesmas ou, em alguns casos, até maiores.
Como a EAD oferece muito mais flexibilidade aos estudantes, ela trabalha a disciplina, fazendo com que eles adquiram o hábito de estudarem por conta própria e em horários diversos. Ela também permite que você reveja as aulas quantas vezes quiser, o que ajuda a fixar as disciplinas e torna o aprendizado bastante eficaz.
A metodologia ativa é a principal característica do ensino a distância, o que significa que os estudantes se tornam os principais agentes responsáveis pelo aprendizado, afinal, são eles que definem seus horários, locais e formas de estudo. Não existe mais a presença daquele professor físico e “carrasco” que cobra a sua atenção o tempo todo.
Para finalizar, é preciso lembrar que os cursos a distância exigem que os estudantes compareçam no polo físico da faculdade para realizarem as provas, participarem de aulas práticas ou para frequentarem bibliotecas e laboratórios quando quiserem.
Entrar na faculdade pública ou particular? Qual escolher?
A princípio, a resposta para essa pergunta parece um pouco óbvia. Como a maioria das universidades federais e estaduais do país oferece um ensino de qualidade, você provavelmente deve pensar que essa é a melhor escolha, afinal, não é preciso pagar pelo curso.
Mas as coisas não são tão simples assim. Existem diversas outras variáveis que influenciam essa decisão. Por exemplo: os cursos nas universidades públicas são muito mais concorridos, o que exige que os estudantes tenham que estudar com muito mais afinco para obterem uma boa nota no Enem e/ou vestibular para ingressarem na faculdade.
Além disso, a carga horária dos cursos em faculdades públicas costuma ser maior, inclusive, com aulas em turnos diferentes — manhã, tarde e noite —, o que é um empecilho para os estudantes que trabalham e possuem rotinas específicas.
O risco de greve também é um problema sério para aqueles que esperam se formar o mais rápido possível. Além desse atraso, as paralisações das faculdades públicas podem fazer com que você acabe perdendo oportunidades no mercado de trabalho por não ter o diploma em mãos.
Existe também a questão da infraestrutura e do comprometimento dos professores. É comum observar alunos de universidades federais reclamando que a instituição não oferece equipamentos modernos nos laboratórios, ou que os professores não comparecem às aulas ou não se esforçam para transmitir o conteúdo de forma didática. É claro que essa não é a regra, mas, mesmo assim, é algo a ser levado em conta.
Ao colocar todos esses elementos na balança, você talvez perceba que a escolha de entrar na faculdade particular ou pública não é tão fácil assim. Muitas vezes, a economia com os custos da graduação acaba não compensando em razão de outros gastos, ainda mais se você mora em cidades do interior e precisa pagar pelo transporte e alimentação para frequentar o curso.
A faculdade pública é ideal para quem não precisa arcar com esses gastos, tem tempo para estudar para os exames de ingresso, consegue conciliar seu dia a dia com os horários das aulas e não se importa com greves e paralisações.
A faculdade particular, por outro lado, é melhor para quem já está inserido no mercado de trabalho e tem pressa para se formar. A modalidade a distância ainda pode ser a melhor opção, pois seus custos são reduzidos e o estudante não precisa se preocupar com deslocamentos.
Quais são as formas de ingresso?
Como você já deve saber, atualmente, o mais comum é entrar na faculdade pelo Enem. São raríssimas as instituições que não aceitam esse exame como processo seletivo de estudantes.
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) acontece uma vez por ano e, além de servir para medir a qualidade do ensino básico, sua nota também pode ser utilizada no Sistema Único de Seleção (Sisu) para disputar uma vaga em algumas das diversas faculdades cadastradas.
Antigamente, o Enem servia apenas para medir conhecimento e não era obrigatório. O ingresso nas faculdades — tanto públicas quanto particulares — se dava por meio da aplicação de vestibulares específicos de cada instituição. Logo, os estudantes tinham que se organizar para conseguir fazer diversas provas em datas diferentes.
Graças ao Enem, essa dor de cabeça não é mais necessária. Porém, em alguns casos, ainda é possível entrar na faculdade pelo vestibular. Existem instituições de ensino que permitem que o candidato escolha o Sisu para concorrer a uma vaga ou, se preferir, ele pode fazer uma prova específica com os conhecimentos exigidos pela faculdade.
Mas, afinal, qual é a vantagem de fazer vestibular em vez do Enem? Para estudantes recém-formados no ensino médio, a resposta mais comum é: nenhuma. Afinal, eles normalmente não têm certeza sobre qual curso desejam fazer, muito menos sobre a instituição em que desejam estudar. Nesses casos, o Enem é obviamente mais vantajoso, pois permite que eles se decidam posteriormente e de acordo com a sua nota.
Porém, para pessoas que estão querendo voltar a estudar — e muitas vezes já trabalham e têm família constituída —, o Enem não é tão vantajoso assim. A maioria dessas pessoas já sabe qual curso deseja fazer e em qual instituição quer estudar. Logo, estudar para as diversas matérias cobradas no Enem acaba sendo uma perda de tempo. Nesses casos, é muito mais fácil fazer o vestibular próprio da instituição, já que as matérias são mais enxutas e a concorrência é menor.
Existem ainda opções para aqueles que não querem estudar nem para o vestibular nem para o Enem. Alguns exemplos são:
- a obtenção de novo título (aproveitamento) para quem está fazendo sua segunda graduação;
- entrevista;
- análise do histórico escolar;
- transferência para quem quer trocar de faculdade ou curso, entre outras.
Antes de entrar na faculdade, portanto, é preciso verificar quais são as formas de ingresso aceitas pela instituição do seu interesse e escolher a que for mais vantajosa para você.
Existem programas que ajudam a entrar na faculdade?
Um dos maiores empecilhos para quem deseja voltar a estudar é a falta de tempo e a dificuldade econômica. Quando você tem filhos para criar, casa para manter e contas para pagar, é difícil encontrar espaço para investir na educação.
A melhor solução, talvez, seja a universidade pública. Porém, existem as dificuldades que já mencionamos: falta de tempo para estudar para o Enem, dificuldade de conciliar a rotina com os horários de aula e, principalmente, inacessibilidade àqueles que moram em cidades do interior, acarretando um gasto enorme com transporte, moradia e alimentação.
Deixar de estudar não pode ser uma opção já que, para crescer na vida e ter uma carreira de sucesso, os estudos são imprescindíveis. Qual é, então, a solução?
Como o governo e as próprias instituições de ensino têm noção dessas dificuldades que mencionamos, existem programas que ajudam a entrar na faculdade, permitindo financiar o pagamento dos estudos, ou até mesmo obter bolsas que arquem com parte ou o total dos custos.
É muito provável que você já tenha ouvido falar do FIES e do Prouni, certo? Ambos são programas de apoio ao estudante mantidos pelo governo.
FIES
O FIES tem o objetivo de beneficiar alunos de baixa renda (até 20 salários mínimos por família) por meio do financiamento do valor do curso. Suas maiores vantagens são os juros baixíssimos e a possibilidade de começar a pagar somente 18 meses depois da formatura — período de carência, cujo objetivo é justamente dar tempo para que o estudante se insira no mercado de trabalho.
Durante a fase de pagamento, o valor total pode ser dividido em até três vezes o tempo de duração do curso. Ou seja, se você demorou quatro anos para se formar, o pagamento será dividido em 12 anos.
Prouni
Já o Prouni é o programa de bolsas do governo, que podem ser totais ou parciais. Nesse caso, o estudante não precisará arcar com nenhum valor posteriormente, pois não se trata de um financiamento.
Somente alunos de baixa renda podem concorrer às bolsas. É preciso que a renda bruta per capta seja de um salário mínimo e meio para o desconto integral ou de três salários mínimos para o parcial (50%).
Ambos exigem o Enem como forma de ingresso na faculdade. A nota do exame é um dos critérios para seleção em cada programa: é preciso fazer, no mínimo, 450 pontos nas provas objetivas e não pode zerar a redação. No caso do Prouni, ainda é exigido que o estudante tenha cursado o ensino médio integralmente em escola pública ou em escolas privadas na condição de bolsista.
Além disso, existem também programas próprios das faculdades particulares ou financiamento por instituições financeiras. Portanto, não deixe de conferir quais são as oportunidades oferecidas pela instituição de sua escolha.
Se você for um bom aluno ao longo do curso, com um ótimo histórico escolar, ainda é possível obter bolsas por meio de projetos de pesquisa na faculdade ou por monitorias.
Quais são os desafios e dificuldades de quem vai entrar na faculdade?
O ritmo de estudos e as tarefas da faculdade são bem diferentes do ensino médio. Aqui, o aluno precisará se dedicar muito mais para conseguir ser aprovado em todas as matérias e colocar as mãos no seu diploma.
A administração do tempo é uma das maiores dificuldades que os estudantes enfrentam ao ingressarem na faculdade, principalmente na educação a distância. No início, pode ser um pouco difícil adquirir o hábito de estudar e manter os conteúdos sempre em dia, mas, com o tempo, isso fica mais fácil.
Se você trabalha, é mais complicado ainda manejar o tempo e conciliar a rotina da profissão com os estudos. Por isso, a faculdade trabalha a disciplina dos estudantes. Você precisa aprender a se organizar e criar um cronograma de estudos eficiente, que consiga abranger todos os seus objetivos.
Outra questão que é muito diferente na faculdade é o nível de dificuldade das matérias. Muitas pessoas pensam que as cobranças do ensino superior são parecidas com as do ensino médio, mas acabam se deparando com algo completamente diferente.
As disciplinas de um curso superior têm o objetivo de preparar o estudante para o mercado de trabalho, transformando-o em um bom profissional. Portanto, você deve ficar pronto para encarar um conteúdo muito mais complexo, com problemas que simulam situações que enfrentará no exercício da profissão.
Por fim, o planejamento financeiro também é uma dificuldade que quase todo estudante enfrenta ao entrar na faculdade. É preciso contar o seu dinheiro para decidir no que ele deverá ser gasto. Desperdícios não são aceitáveis nessa fase da vida, caso contrário, você poderá passar dificuldades.
É preciso aprender a frequentar a biblioteca em vez de comprar livros, pegar caronas para economizar com transporte, almoçar e lanchar em lugares com preço acessível, entre muitas outras práticas que ajudarão a economizar e permitir que o dinheiro não desapareça.
Apesar de todos esses desafios e dificuldades, entrar na faculdade é essencial para garantir que sua carreira estará sempre em ascensão. Não hesite em investir na sua educação, caso contrário, você acabará ficando para trás no mercado de trabalho. Desafios fazem parte da vida e, lembre-se, há sempre uma recompensa no final!
Aproveite o seu interesse em entrar na faculdade e conheça o nosso guia do estudante EAD! Temos certeza que essa modalidade de ensino é a escolha certa para você!