Reaplicação do Enem: entenda o que é e quem tem direito

Estudantes que estão se preparando para fazer uma faculdade sempre esperam ansiosamente pelo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Às vezes, porém, acontecem situações que impedem a realização da prova. Nesse sentido, a boa notícia é que nem tudo está perdido, já que existe a possibilidade de reaplicação do Enem.

Por isso, se você vai fazer o Enem, é fundamental saber desde cedo quem tem direito a essa nova oportunidade de fazer a prova — e também quem não tem. Assim, você pode prestar atenção a todos os requisitos e prazos para não perder esse exame que é tão importante para dar início à vida acadêmica.

Então, quer saber como a reaplicação do Enem funciona e quais são os critérios para que alguém tenha direito a ela? Este post vai esclarecer essas e outras questões acerca do tema. Acompanhe!

O que é a reaplicação do Enem?

A reaplicação do Enem é uma nova oportunidade que o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) disponibiliza para que os estudantes possam fazer esse exame. Contudo, vale ressaltar que apenas os candidatos que se encaixam em alguma das situações especificadas no edital têm acesso a essa prova.

Tanto os participantes do Enem impresso quanto do Enem digital podem conseguir fazer o exame na etapa de reaplicação, mas apenas no formato impresso. Para participar, é necessário fazer um requerimento e aguardar para saber se vai ser aprovado ou não. De acordo com o Inep, cada caso é analisado individualmente.

Como funciona a reaplicação do Enem?

De modo geral, a reaplicação do Enem funciona da mesma forma que a primeira aplicação. São 2 dias de provas, com 180 questões objetivas — 45 para cada área do conhecimento — e uma redação. Uma dessas áreas inclui algumas questões de língua estrangeira, que pode ser em inglês ou espanhol, a depender do que o candidato escolheu no momento da inscrição.

É importante notar, no entanto, que você só precisa fazer a reaplicação da prova referente ao dia em que enfrentou algum imprevisto. Assim, quem tiver problemas no primeiro dia deve comparecer no segundo para fazer a prova normalmente e, depois, participar somente da reaplicação da prova do primeiro dia.

Por que a reaplicação do Enem é necessária?

A reaplicação do Enem é uma forma de garantir que os candidatos que passarem por certos imprevistos, como você vai entender melhor logo adiante, ainda possam participar da mesma edição do Enem. Se não houvesse essa oportunidade, os estudantes precisariam esperar para tentar novamente na edição do ano seguinte, atrasando os planos de começar a faculdade.

Essa nova aplicação do exame também é útil em circunstâncias extraordinárias. Um exemplo disso ocorreu na edição de 2021, quando os candidatos que estavam isentos da taxa de inscrição em 2020 e faltaram à prova por receio da Covid-19 ganharam na justiça o direito de se inscreverem com isenção de taxa e fora do prazo normal de inscrição.

Como o período de inscrições para esse grupo foi aberto muito em cima da hora, ficou estabelecido que os candidatos fariam a prova do Enem 2021 somente na etapa de reaplicação.

Quem tem direito à reaplicação do Enem?

Como dissemos, somente alguns tipos de imprevistos possibilitam que o candidato solicite a reaplicação do Enem. Assim, têm esse direito aqueles que foram impedidos de fazer o exame devido a problemas logísticos, como:

• desastres naturais que comprometam a infraestrutura do local de prova;
• falta de energia elétrica capaz de comprometer a visibilidade do exame;
• falhas em dispositivos eletrônicos necessários para a realização do exame, como é o caso do leitor de tela que alguns candidatos solicitam;
• eventual erro em algum procedimento de aplicação da prova — ou seja, um erro do aplicador — que possa prejudicar o candidato.

E também os candidatos que não conseguiram comparecer nos dias de prova porque estavam com alguma das seguintes doenças infectocontagiosas:

• coqueluche;
• Covid-19;
• difteria;
• doença invasiva por Haemophilus influenzae;
• influenza;
• meningite;
• poliomielite;
• rubéola;
• sarampo;
• tuberculose;
• varicela;
• varíola.

E quem não tem direito?

Quem acompanha os noticiários nos dias do Enem sempre vê alguns estudantes chegando atrasados aos locais de prova e sendo impedidos de entrar. Nesses casos, não tem jeito. É preciso tentar outra vez no ano seguinte.

Outros exemplos de situações em que não é possível participar da reaplicação do Enem são:

• quando o candidato faz a prova, mas esquece de transcrever a frase indicada no caderno de questões para a folha de respostas;
• quando o candidato esquece de levar um documento oficial de identificação;
• quando há algum conflito entre o nome e o número do documento usado na inscrição;
• quando o candidato, por problema de saúde ou outro motivo pessoal, precisa se retirar do local da prova sem ter concluído o exame.

Como solicitar a reaplicação do Enem?

Quem passar por um problema de logística ou faltar por motivos de doença, precisa solicitar a reaplicação da prova por meio da Página do Participante no site oficial do Enem. Um detalhe importante a se ter em mente é que esse procedimento é de responsabilidade somente do próprio candidato.

Além disso, é imprescindível anexar documentos que comprovem a situação que dá direito à reaplicação do Enem. Em caso de ausência por doença, por exemplo, é preciso anexar um atestado ou um relatório médico.

Qual é o prazo para solicitar a reaplicação?

Os candidatos que precisarem requerer a reaplicação do Enem têm um prazo de 5 dias úteis após o segundo e último dia de prova para fazer isso. Para não correr riscos de enfrentar lentidão de internet ou congestionamento no site do Enem, é melhor não deixar para última hora.

Por fim, o candidato só precisa esperar o resultado da solicitação e, se aprovada, comparecer no dia e local marcado para a reaplicação do Enem. Como se sabe, a nota obtida nesse exame pode ser usada para ingressar no ensino superior, de modo que é importante saber como se preparar para o Enem a fim de conseguir um bom resultado.

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