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Aprenda de uma vez por todas como se inscrever no FIES

Ter a oportunidade de fazer um financiamento é o que possibilita que muitos estudantes consigam conquistar um diploma de curso superior. A grande questão é que muita gente ainda não sabe como se inscrever no FIES e acaba perdendo essa chance.

O programa do governo federal é destinado a pessoas carentes, justamente para facilitar o acesso ao Ensino Superior no país. Para tanto, é preciso se enquadrar nos requisitos predeterminados pelo edital antes de começar a sua inscrição.

Se você tem interesse no assunto, não deixe de ler o conteúdo até o final para ficar por dentro dessa alternativa!

Como participar do programa?

Em primeiro lugar, o que você deve saber é que o Fundo de Financiamento Estudantil foi idealizado para ajudar estudantes de baixa renda a pagar as mensalidades de faculdades privadas. Portanto, se você não se encaixa nesse critério básico, não adianta tentar fazer a inscrição.

Para completar, fique atento às outras condições impostas pelo MEC (Ministério da Educação), que são:

  • apresentar uma nota mínima de 450 pontos em qualquer prova do Enem a partir de 2010, além de não ter zerado a redação;
  • ter renda familiar per capita mensal de até cinco salários mínimos;
  • não ter sido beneficiado pelo mesmo programa em outra ocasião;
  • não ser beneficiário de bolsa integral do Prouni ou de bolsa parcial em um curso diferente do cadastrado no FIES;
  • estar matriculado no curso de interesse em uma instituição que faça parte do FIES.

A partir disso, é possível iniciar o processo de inscrição para tentar o financiamento. Veja a seguir qual é o passo a passo que você deve cumprir:

1. Fique atento à divulgação das datas do período de inscrição nas mídias para poder começar o procedimento. Uma boa dica é seguir o MEC nas redes sociais para não perder nenhuma notícia ou acompanhar sites e jornais.

2. Na data certa, acesse o site do SisFIES e complete com todos os dados básicos pedidos para criar o seu login (CPF, data de nascimento, e-mail etc).

3. Espere até receber um e-mail de validação do seu cadastro. Depois, volte no SisFIES para preencher outras informações e completar a sua inscrição. Esse é o momento de fazer as suas escolhas acadêmicas e informar os seus dados pessoais.

4. Quando for divulgada a lista dos pré-selecionados, você tem até cinco dias para efetivar a sua inscrição no SisFIES e confirmar o seu interesse no financiamento.

5. Depois, no prazo de 10 dias você deve comparecer à CPSA (Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento) que fica dentro da faculdade escolhida e será a responsável por validar a sua inscrição. Por isso, leve toda a documentação que for requisitada.

6. A partir do terceiro dia útil após a validação você deve comparecer ao banco escolhido (os atuais agentes financeiros do programa são o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal) para finalmente contratar o financiamento — se você tiver um fiador, ele deve acompanhá-lo durante a visita.

7. Agora basta aguardar a finalização do processo para ter o seu financiamento liberado.

Quais as mudanças do novo FIES?

Recentemente, foram realizadas algumas alterações no programa que ficaram conhecidas como novo FIES. Como ele foi criado em 1999, é natural que certas mudanças fossem necessárias ao longo do tempo para ajustar o programa.

Então, em 2018 ocorreu a última revisão que implementou características relevantes:

Taxa de juros e faixa de renda

A criação das novas modalidades do FIES impactou a questão das taxas de juros aplicadas. O intuito do governo foi tentar privilegiar os alunos que mais precisam, oferecendo um benefício maior para quem possui uma realidade mais carente.

Logo, todos que se encaixam na Modalidade I podem contar com zero taxas de juros — o que antes não acontecia. Agora, o sistema funciona assim:

  • Modalidade I: para os estudantes que têm renda per capita mensal familiar de até três salários mínimos, não há cobrança de juros.
  • Modalidade II (PFIES): destinada para as pessoas das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste com renda per capita mensal familiar de até cinco salários mínimos. Nesse caso, os juros são variáveis e dependem do acordo fechado com as instituições financeiras privadas que são parceiras do projeto.
  • Modalidade III (PFIES): destinada para pessoas de qualquer região do Brasil que possuem renda per capita mensal familiar de até cinco salários mínimos. A parceria com o BNDES é que define quais serão os juros para cada contrato.

Prazo de pagamento da dívida

Antes, o prazo para começar a quitar a dívida era de 18 meses após a conclusão do curso. Com as novas regras, o estudante precisa iniciar o pagamento logo após ter se formado, sem qualquer período de carência.

Caso ele já esteja empregado, o valor da parcela (que varia de acordo com a renda de cada pessoa) é descontado diretamente da sua folha de pagamento. Porém, mesmo que ele esteja desempregado deve contribuir com um valor mensal mínimo.

Quais são os mitos mais comuns sobre o tema?

Por fim, nada melhor do que tirar algumas das dúvidas mais comentadas sobre o programa, não é? Mesmo depois de conhecer mais a respeito do procedimento de inscrição, algumas pessoas continuam acreditando em mitos que são espalhados por aí. Para não correr esse risco, confira as questões abaixo:

1. Não é preciso fazer a renovação do FIES a cada semestre

Essa é uma lenda perigosa de acreditar, pois pode atrapalhar significativamente a vida do estudante. A verdade é que em todo semestre é necessário fazer a renovação dos contratos pelo SisFIES, com a solicitação do aditamento pela CPSA.

Sendo assim, preste atenção a esse detalhe para não perder o benefício por mero descuido.

2. Ter um fiador não é uma exigência no novo FIES

Outra confusão bastante comum está relacionada à necessidade do fiador para viabilizar o financiamento. Nesse sentido, vale esclarecer que existem apenas três situações nas quais não o fiador não é exigido:

  • para bolsistas parciais do ProUni;
  • para os alunos matriculados em cursos de licenciatura;
  • para os alunos com renda familiar mensal bruta de até 1,5 salários mínimos por pessoa.

3. É possível fazer o FIES até mesmo para os cursos EAD

Não, essa ainda não é uma realidade aprovada pelo programa e apenas os estudantes de cursos de graduação presenciais podem se inscrever. Quem optou pela EAD (educação a distância) e precisa de auxílio para pagar a faculdade, deve procurar outras formas de financiamento.

E então, conseguiu entender melhor como se inscrever no FIES? Se você tem interesse por esse assunto, não deixe de conferir nosso artigo que fala das vantagens de investir em uma faculdade particular!

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